Surgistes do nada sem ser esperado
Nessa espera tardia dos vencidos
E eu quis inventar-te logo ali
Na exacta medida do meu tempo
Em teu corpo latejante e destemido
Na tarde sóbria e soalheira desse Inverno
Pressenti a tempestade anunciada
No fogo do azul índigo, perturbante
Sorri, pretensiosa, ao teu olhar
E nele vi urze, sol e cotovias
Sem cuidar que dos acasos somos cúmplices
E nas escolhas condenados sem grilhetas
Antevi a tua boca sussurrante,
Em queda livre colar-se ao meu ouvido
Nesse breve entardecer em que os amantes
Premeiam a loucura e os sentidos
E no ardor da chama embriagante
Fostes abismo, delírio e fantasia
Devaneio em turbilhão que tudo arrasta
Desalinho intemporal que não resiste
Foi decerto arredio o nosso encontro
Mas de tão esquivo, profundo na estocada
Porque há sonhos insuspeitos à chegada
Cruéis como a noite mais gelada
@utora: Essa_Miúda - Outubro 2005
De Anónimo a 4 de Novembro de 2005 às 12:36
Ohhhhhhhhhhhhhh Essaaaaaaaaaaa anda cá ler isto....
Por onde começar?...
Concordo plenamente com os comentários atrás escritos.A ESSA surpreendeu-me,estou de queixo caído, despiu a pele de loba (tb fui vítima algumas vezes das suas garras no chat)e tornou-se na pessoa que eu julgo que realmente é: doce,meiga, sensivel,amiga do amigo... tenho razão? Acho que sim, pela curta conversa de apresentação virtual que tivemos á dias a ESSA era outra.
Quanto á poesia:
Comecei a ler este magnífico poema, desatei-me a rir á gargalhada supondo encontrar no final algum lençol perdido...
Essa, apenas divinal este texto, identifico-me com ele. Há palavras comuns entre o teu e a minha almofada. Isso é sinal de sentimentos parecidos.
Nunca desistas dos teus sonhos, e escreve-nos, será sempre um prazer ler-te.....
Um beijo gandi e um xiiiiiiiiiii coração.... Mao
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