Hoje acordei com uma vontade tremenda de escrever. Não com aquela vontade de escrever belos poemas ou com talento para criar aquelas belas palavras que rimam entre si! Mas com vontade de escrever, em prosa, tudo o que me vai na alma.
Hoje acordei com vontade de viver, com vontade de sentir todas as emoções possíveis e imaginárias
Acho até que acordei nostálgica. Tenho uma amiga, que a adoro como se fosse uma irmã (Igara), que diz ter chegado a minha hora, o meu chamamento, que o meu relógio biológico está a dar horas. Devo dizer-vos que um pensamento que ultimamente não me sai da cabeça
que entra em todas as conversas, com todas as pessoas, é o facto de ter um bebé, gerar uma vida
a continuação da minha vida
alguém que me vai tornar imortal para todo o sempre, porque me irá recordar. Bem, algumas pessoas chegam até a perguntar-me se estou grávida, mas a essas respondo com um sorriso simpático ( a camuflagem perfeita para aqueles momentos de raiva, em que só nos apetece esganar alguém. Eu até engordei um cadinho, pá! Mas grávida!!!): Não querida, estou mesmo mais gorda! E estas pessoas, em vez de engolirem em seco, completam o seu raciocínio com um doloroso: Ai pá, engordaste tanto que pensei mesmo
!!! E eu choro de desespero
foram só dez quilinhos!!! E eu até sou grande, não se nota assim tanto!
Bem o que queria falar mesmo é de bebés! Eu realmente sinto uma vontade terrível, quase irresistível de ter um repolhinho só meu, e do meu tesouro claro!!! Mas ao mesmo tempo parece haver sempre algo que nos impede. Primeiro que tudo é o facto de eu me sentir preparada, mas ao mesmo tempo sentir também que ainda me falta fazer tanta coisa
ver tanta coisa, sentir tanto mais
e tenho também de casar antes de tudo. As más-línguas são difíceis de aturar e não tenho necessidade de me descontrolar sempre que ouvir falar no facto de eu não ser mulher do meu marido
mas sim namorada do meu namorado, aliás eu acho que serei sempre a futura nora!!!. Penso que só depois de viver todas as experiências é que me vou sentir realmente preparada para ser uma mãe serena e equilibrada, capaz de ser a melhor mãe do Mundo!!! Os meus bebés imaginários até já têm nomes!!! Ele há-de ser o Tomás ( se bem que ainda não está decidido!) e ela há-de ser definitivamente Eva, que significa vida! Eu até tenho acompanhado, como se fosse minha, a gravidez de uma grande amiga! E fico super contente de visitar os blogs das futuras mamãs, já agora um beijo grandão para a Mia.
Há quem me diga que, uma vez que sinto esta vontade, devia arriscar
que é o mais belo do Mundo. Que se penso assim é porque já estou preparada
Mas não quero de modo algum vir a culpar a chegada dos meus repolhinhos com o facto de não ter vivido tudo o que desejava! Há quem diga também que os filhos não são prisão! Que se pode fazer tudo, tudo, mesmo tendo filhotes! Mas eu era incapaz de os deixar com alguém, mesmo que fosse família para ir passear
Sabem o que penso por vezes!? Como é que é possível?? Os estrangeiros quando para cá vêm, trazem os seus filhos e se calhar mais alguns
Lá vêm eles todos contentes
Trazem até uma ama para cuidar dos putos todos durante as férias
E nós?? Os portugueses?? Quando é que iremos atingir um nível de vida que nos permita levar a família toda a passear, e mais uns quantos amigos!!! Uma ama para os avós, outra ama para os tios, para os pais, para os bebés!!!
Bem, queria partilhar convosco este meu sentimento, e já o fiz
Bom fim de semana para todos, e beijões com sabor a mar salgado e fresquinho!
Liberdade
A liberdade é o meu clarim de guerra
e eu sou, no meu viver amplo e sem véus,
como os caminhos soltos pela terra,
como os pássaros livres pelos céus.
Ela é o sol dos caminhos ! Ela é o ar
que os enche os pulmões, é o movimento,
traz num corpo irrequieto como o mar
uma alma errante e boêmia como o vento.
Minha crença, meu Deus, minha bandeira,
razão mesma de ser do meu destino,
há de ser a palavra derradeira
que há de aflorar-me aos lábios como um hino.
Liberdade: Alavanca de montanhas!
Aureolada de louros ou de espinhos
há de cingir-me a fronte nas campanhas,
há de ferir-me os pés pelos caminhos.
Sinto-a viva em meu sangue palpitando
seja utopia ou seja ideal, - que importa?
Quero viver por esse ideal lutando,
quero morrer se essa utopia é morta !
(Poesia de JG de Araujo Jorge
do livro O Canto da Terra 1945)
Senti o Amor chegar devagarinho,
Numa manhã solarenga e iluminada.
Desbravou meu coração e de mansinho,
Fez dele então sua morada.
Despertou sentimentos tão ambiguos
Causou tal tumulto e emoção
Que eu recuava sempre em dizer sim
E dizia angustiada sempre um não!
Mas toda esta magia era diferente,
Não me deixou um espaço para pensar,
Sempre que eu tentava estar ausente,
Algo me puxava para ficar!
E foi assim tamanho o seu poder
Que me deixei em seus braços enlevar.
Abri o meu peito sem saber,
Se o Amor viera para ficar!
</blockquote>
Bom dia, amigo Sol
Bom dia, amigo Sol! A casa é tua!
As bandas da janela abre e escancara,
- deixa que entre a manhã sonora e clara
que anda lá fora alegre pela rua!
Entre! Vem surpreendê-la quase nua,
doura-lhe as formas de beleza rara...
Na intimidade em que a deixei, repara
Que a sua carne é branca como a Lua!
Bom dia, amigo Sol! É esse o meu ninho...
Que não repares no seu desalinho
nem no ar cheio de sombras, de cansaços...
Entra! Só tu possuis esse direito,
- de surpreendê-la, quente dos meus braços,
no aconchego feliz do nosso leito!...
( Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro
Eterno Motivo; - Prémio Raul de Leoni,
da Academia Carioca de Letras - 1943 )
Hoje completo mais uma Primavera... e está a passar tão depressa!!!! Resolvi então, como sei que nem todos conseguirão estar comigo neste dia de Festa, deixar-vos um beijão do tamanho do Mundo. E vou divertir-me como se estivessem todinhos perto de mim... Que vocês se divirtam neste dia, como eu concerteza vou divertir-me... e um excelente fim de semana!
Beijõessssssssssssssssssss...( ansiosa pelos presentesssssssssssss!Ahahahahahah )
Minha vida é colorida
Pintada em tons de amor
Salpicada de desejos
De sonhos preenchida
E sem sombras de dor.
Qual tela de artista
Que com terna e segura mão
Foi delineada com contornos
De amizade e ternura
Carinho e paixão.
A quem me deu a vida
Que hoje vivo sem pesar
Agradeço com a Alma
Família querida
Que agora venho abraçar.
Aos amigos do coração
Conquistados e adorados
Quero com estas palavras
Saudar-vos e dizer:
No meu coração estão guardados
A ti, meu tesouro, amor
Que me fizeste mais alto sonhar
Deste-me alento e carinho
Conforto e de mansinho
Ganhaste todo o meu Amar.
Beijos a todos os que me rodeiam
Há dias difíceis na vida de uma pessoa. Ooooh se os há, e decididamente, hoje é um dia difícil. Acordei, com um telefonema a meio da madrugada. Como é óbvio, acordar ás 3 da manhã com o toque do telefone é de pôr qualquer um com os cabelos em pé. Foi mesmo assim de cabelos no ar, que no meio da atrapalhação de sair do quarto entrei no roupeiro. Lembro-me vagamente de isto já me ter sucedido uma vez, e recordo que esse dia também foi difícil. Bem, depois de ter encontrado a porta do quarto, e enquanto ouvia o telefone, fiz um esforço sobre-humano, para tentar ficar calma. Assim que encontrei o aparelho, quem quer que fosse, desligou o telefone, deixando-me entregue a um misto, de fúria lancinante, e descanso furioso (como pedem ver a fúria está lá latente!). Arrastei-me até à sala pensado que quem telefonou ligaria de novo. Peguei no comando da televisão e fiz um mini zaping , saltando de canal em canal, qual sapo, em época de acasalamento. Confesso que já perto das 4h da manhã, estava bastante enjoada (não consigo entender, como se consegue fazer zaping por mais de 30 minutos), decidi então ir fazer um chá de Ervas. Entrei na cozinha sem me lembrar que havia iniciado as limpezas gerais, o que significa que lentamente a cozinha foi ficando cheia de coisas que em circunstâncias normais lá não estariam. Então comecei por tropeçar na enceradeira e seguiu-se, a uma velocidade vertiginosa, um banco de cozinha (que servia de apoio ao pano de pó e ao spray de limpeza), o balde (com esfregona e tudo) e a bacia (que eu insisto sempre em ter por perto em alturas de grandes limpezas, vá-se lá saber para quê!). A minha Sorte é que a cozinha é pequena, e que não deu para mais emoções. Para já estava no chão, finalmente em segurança. Tive vontade de me arrastar até à chaleira, mas pensei para com os meus botões: - Nã .hoje, já não te vai acontecer mais nada! Já tens a tua dose relaxa, respira fundo, conta até 10, dont worry! Fui à procura das saquetas do chá, pensei que o chá de Tília me traria alguma tranquilidade. Agora sim estava mesmo a ficar mal disposta, e não havia chá de Tília, contei de novo até 10, mas a contagem já não estava a resultar. Cerrei os dentes, disse umas 20 coisas (daquelas que não se dizem), pensei numas 50 iguais a essas, e olhem para as saquetas de chá com olhar de desafio. Estava já muito irada confesso. Estendi a mão e apanhei a primeira saqueta que me apareceu. Fiz um litro de chá e bebi descontroladamente umas goladas daquilo. Achei que começava a ficar calma, e fui bebericando, até acabar o resto do chá. Acompanhei com umas bolachinhas de água e sal, e por volta das 5 da manhã, estava capaz de me ir deitar. De repente, mas assim não sei bem de onde, começou uma dor de barriga que não parava, eu pensei que tinha comido alguma coisa que me tivesse feito mal, e passei revista a tudo o que comera, mas não consegui encontrar um bode suficientemente expiatório, para a minha dor de barriga. Foi então que me lembrei, que na minha última incursão ás prateleiras do super mercado, havia deparado com um chá laxativo, que achei interessante ter em casa, como mezinha de socorro, em caso de necessidade! Pois bem a minha mezinha estava a revelar-se um verdadeiro pesadelo. Como se tal não bastasse o meu marido, que tinha acordado com e telefone e depois com a minha queda monumental, não perdia uma oportunidade de resmungar ainda mais alto que os meus gemidos. Eu gemia e ele resmungava, o dueto perfeito para o festival da canção do ano que vem. Quando o despertador tocou, eu estava mesmo capaz de ir dormir, mas não, insisti em dar continuidade a esta minha saga (devo ter em mim uma costela oculta Sadomasoquista), embrenhando-me à séria na arte dos pequenos-almoços e dos lanches dos meus filhos. Preparei a comida de toda a gente (mas eu recusava-me a comer), vesti os meus filhos, arrumei o computador do meu marido, preparei os livros para os meus filhos levarem para a escola, fui apanhar a roupa que tinha estendido, vesti-me, e dei comigo fora de casa, mas com as chaves da parte de dentro. Ou seja, eu estava na rua, mas as minhas chaves não! Aí sim zanguei-me mesmo à séria! Senti as narinas a abrir e a fechar, senti a respiração descontrolada, e pior que tudo, não senti a mínima vontade de me controlar! Decidi ir a pé para o trabalho, mas ai de quem me perguntasse se eu estava boazinha é que nem se atrevessem a perguntar-me nada! Foi então, que a deslocar-me quase á velocidade da Luz, cheguei ao meu trabalho. Assim que cheguei, a minha colega de trabalho mais gentil, perguntou-me com um sorriso esparramado na face: - Estás boazinha?- então passei em revista os acontecimentos dessa madrugada, e esforcei-me por pensar que tudo podia ter corrido tudo muito pior. A noticia do telefonema podia ter sido grave, podia ter tropeçado na enceradeira carregada de cera, podia ter baldeado o balde cheinho de água, podia ter abalroado ao bacia cheia de bugigangas, podia ter tomado um chá laxativo que fosse simultaneamente diurético...enfim....bem vistas as coisas nem foi má de todo!!! Enchi o peito com ar, e num suspiro, respondi-lhe: - Tudo bem Milúcia!
</blockquote>
Sonhei contigo amigo
A noite inteira.
Sonhei que em minha
Alma Alada eu te levava,
Enlevados
Ao sabor da madrugada!
Pisaste comigo
A areia Branca,
Ouvindo ao fundo
As vozes das marés!
Sentiste no teu rosto
A maresia,
Como rasgos,
De quem foste,
De quem és!
Apontei-te então
A minha Estrela,
A que surgia logo
Sobre o Monte,
Dizendo-te que em
Cada adversidade desta vida
Sempre há
Mais uma Estrela a Horizonte!
Levei-te então
A ver a cor da Terra!
Molhada, pelo orvalho que a fustiga,
Entre gotas puras
De água Cristalina
Mas de Odor forte,
Fermentando Vida!
Mostrei-te
Onde buscava A minha Força
Abracei-te longamente
Com a Clareza,
Que fizera germinar
Dentro de Ti,
Sementes de Paz E de Certeza!
Mansamente,
Veio a Madrugada
E estava Exausta
A Minha Alma Alada!
Levei-te,
Em meus braços,
Já adormecido,
Para o teu leito,
Meu querido Amigo!
Pousei tua cabeça,
Sobre o meu regaço
E envolvi-te então,
Em mais um abraço.
Cantei devagar,
E muito baixinho,
Para o teu despertar,
Chegar,
De mansinho!