Terça-feira, 30 de Agosto de 2005

Escolhas


tulipanes.jpg

A minha vida,

 

Num lamento eu canto,

 

Sem mágoas nem pranto!

 

Tristeza e alegria,

 

Nunca me fizeram tanta companhia.

 

Olho nos teus olhos

 

E a tristeza é imensa.

 

Tu que foste um Sol,

 

De luz tão intensa.

 

Agora eu não sei,

 

E esta incerteza,

 

Crava-me no peito,

 

Uma dor imensa.

 

Olho nos teus olhos,

 

Já não vejo nada,

 

Nem fogo, nem fumo,

 

Nem uma brisa vaga.

 

Sinto-te fugir,

 

Sinto-te escapar,

 

Mas não tenho forças,

 

Para te agarrar!

 

Vou deixar que traçes,

 

O teu próprio caminho,

 

Sem choros nem mágoas,

 

Apenas sózinho!

</blockquote>
publicado por igara às 14:52
link | comentar | ver comentários (5) | favorito
Quinta-feira, 25 de Agosto de 2005

Destino Meu

height=160 alt=desnuda.jpg src="http://bloguiando.blogs.sapo.pt/arquivo/desnuda.jpg" width=119 border=0>

          DESTINO prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
 
Quem disse à estrela o caminho
Que ela há-de seguir no céu?
A fabricar o seu ninho
Como é que a ave aprendeu?
Quem diz à planta --- <<Floresce!>> ---
E ao mudo verme que tece
Sua mortalha de seda
Os fios quem lhos enreda?
 
Ensinou alguém à abelha
Que no prado anda a zumbir
Se à flor branca ou à vermelha
O seu mel há-de ir pedir?
 
Que eras tu meu ser, querida,
Teus olhos a minha vida,
Teu amor todo o meu bem...
Ai! não mo disse ninguém.
Como a abelha corre ao prado,
Como no céu gira a estrela,
Como a todo o ente o seu fado
Por instinto se revela,
Eu no teu seio divino
Vim cumprir o meu destino...
Vim, que em ti só sei viver,
Só por ti posso morrer.
 
                 Almeida Garrett
 
class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"> 
publicado por igara às 15:04
link | comentar | ver comentários (4) | favorito
Quinta-feira, 18 de Agosto de 2005

AUSÊNCIA

sahara.jpg


 


NUM DESERTO SEM ÁGUA


NUMA NOITE SEM LUA


NUM PAÍS SEM NOME


OU NUMA TERRA NUA


 


POR MAIOR QUE SEJA O DESESPERO


NENHUMA AUSÊNCIA É MAIS FUNDA QUE A TUA.


 


 


Sophia de Mello Breyner Andresen no seu melhor

publicado por igara às 14:00
link | comentar | ver comentários (7) | favorito
Segunda-feira, 8 de Agosto de 2005

SAUDADES

height=134 alt=saudade.jpg src="http://bloguiando.blogs.sapo.pt/arquivo/saudade.jpg" width=130 border=0>

Saudades! Sim...Talvez....e porque não?...

Se o nosso sonho foi tão alto e forte

Que bem pensara vê-lo até à morte

Deslumbrar-me de luz o coração!

 

Esquecer! Para quê?...Ah! como é vão!

Que tudo isso, Amor, nos não importe.

Se ele deixou beleza que conforte

Deve-nos ser sagrado como o pão!

 

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,

Para mais doidamente me lembrar,

Mais doidamente me lembrar de ti!

 

E quem dera que fosse sempre assim:

Quanto menos quisesse recordar

Mais a saudade andasse presa a mim!

 

color=#ff9900>Poema de Florbela Espanca

publicado por igara às 10:42
link | comentar | ver comentários (7) | favorito
Quinta-feira, 4 de Agosto de 2005

FÉRIAS

sol1.jpg


 


Regresso de Férias.


E confesso que tenho saudades dos meus tempos de "profissional da praia".


Era a primeira a chegar à praia, bem de manhãzinha (meus deuses, obrigavam-me a madrugar para ir para a praia!), e muitas vezes era a última a sair.


Assisti a vários pôr-do-sol. Não valia a pena sair mais cedo, porque acabávamos por ficar retidos no trânsito...E se o tempo estava bom, o ambiente melhor, porquê desperdiçar mais umas horitas num prazeiroso "dolce fare niente" a ver o mar sereno... a ouvir o marulhar caracteristico que nos leva a fechar os olhos e a viajar no sonho... a assistir o Sol cansado a querer repousar nas leves ondas, as gaivotas a pousarem na areia, contentes por finalmente terem a praia toda para elas.


Uma ou outra alma resistente como eu ía passeando ao longo da praia, outros chegavam só para usufruirem do namoro num belo cenário...


E cá estou eu, chegada aos 30 (chiuf) a começar a recordar os bons velhos tempos como qualquer cota que se preze. Oh Deuses...


 

publicado por igara às 10:01
link | comentar | ver comentários (6) | favorito
Quarta-feira, 3 de Agosto de 2005

Vida Injusta

A-111.3.jpg


Triste,


a vida é injusta,


ceifa,


sem olhar  a quem,


não há justiça na escolha,


pois vem de olhos vendados,


leva-nos quem amamos,


quem nos faz falta,


será que não poderíamos trocar


uns por outros,


que não fazem falta,


páreas,


gente má,


que não faz falta,


por quem não nutro sentimento,


a vida é injusta,


faz-nos sofrer,


na cruel impotência.


desesperar por quem amamos,


faz sofrer sem justificação,


agarramo-nos ao que temos,


sem grande convicção,


sem qualquer certeza,


que o sofrimento acaba,


quando se vão,


tudo termina,


acaba a passagem,


por esta vida injusta,


para uma vida melhor,


a vida é injusta,


leva-nos quem amamos,


deixa-nos cada vez mais sós


 


Este poema foi escrito por Passodianisto, cujo blog está aki linkado, Versus. Obrigado pelas palavras amigo.

publicado por igara às 15:16
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Terça-feira, 2 de Agosto de 2005

Adeus, Cristina.

2004-0813cluster-lg.jpg


 


Descansaste Cristina. Descansaste de um sofrimento espiritualmente não era só teu. E que as estrelas que brilham no nosso céu… neste momento… Brilhem só para ti. Que te iluminem o caminho da felicidade, sem dor, onde poderás viver como mereces, sem estares à mercê das doenças dos Homens. Sobe ao céu, amiga, e brilha com  toda a luz que tens, com toda a luz que conhecemos. Não resististe à dor desta doença que ataca sem remorsos nem piedade os mais puros, mas descansas agora por ti e por todos nós. Caminha nesse tapete de estrelas e arranja um lugarzinho para ti. Eu descobrirei qual delas és tu… e com certeza serás a que brilhará com mais intensidade. Descansa amiga.

publicado por igara às 11:34
link | comentar | ver comentários (5) | favorito
Segunda-feira, 1 de Agosto de 2005

Sensual

79674_CGXR6BEKL7OYSFSJNHZY87M1Q3XALV_053_spt8215_H155920_L.jpg


Sensual


 


Ainda sinto o teu corpo ao meu corpo colado;


nos lábios, a volúpia ardente do teu beijo;


no quarto a solidão, desnuda, ainda te vejo,


a olhar-me com olhar nervoso e apaixonado...


 


Partiste!... Mas no peito ainda sinto a ânsia e o latejo


daquele último abraço inquieto e demorado...


- Na quentura do espaço a transpirar pecado,


Ainda baila a figura estranha do desejo...


 


Não posso mais viver sem ter-te nos meus braços!


- Quando longe tu estás, minha alma se alvoroça


julgando ouvir no quarto o ruído dos teus passos...


 


Na lembrança revejo os momentos felizes,


e chego a acreditar que a minha carne moça


na tua carne moça até criou raízes!...


 


  ( J. G. de Araujo Jorge - coletânea -


in "Poemas do Amor Ardente" 1961 )


 

publicado por igara às 15:48
link | comentar | ver comentários (2) | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Abril 2006

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28
29

30


.posts recentes

. Mudei-me!!!!!

. Ora bem.....

.

.

.

.

.

.

.

.

.arquivos

. Abril 2006

. Março 2006

. Fevereiro 2006

. Janeiro 2006

. Dezembro 2005

. Novembro 2005

. Outubro 2005

. Setembro 2005

. Agosto 2005

. Julho 2005

. Junho 2005

. Maio 2005

. Junho 2004

blogs SAPO

.subscrever feeds