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Quem disse à estrela o caminho
Que ela há-de seguir no céu?
A fabricar o seu ninho
Como é que a ave aprendeu?
Quem diz à planta --- <<Floresce!>> ---
E ao mudo verme que tece
Sua mortalha de seda
Os fios quem lhos enreda?
Ensinou alguém à abelha
Que no prado anda a zumbir
Se à flor branca ou à vermelha
O seu mel há-de ir pedir?
Que eras tu meu ser, querida,
Teus olhos a minha vida,
Teu amor todo o meu bem...
Ai! não mo disse ninguém.
Como a abelha corre ao prado,
Como no céu gira a estrela,
Como a todo o ente o seu fado
Por instinto se revela,
Eu no teu seio divino
Vim cumprir o meu destino...
Vim, que em ti só sei viver,
Só por ti posso morrer.
Almeida Garrett
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NUM DESERTO SEM ÁGUA
NUMA NOITE SEM LUA
NUM PAÍS SEM NOME
OU NUMA TERRA NUA
POR MAIOR QUE SEJA O DESESPERO
NENHUMA AUSÊNCIA É MAIS FUNDA QUE A TUA.
Sophia de Mello Breyner Andresen no seu melhor
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Saudades! Sim...Talvez....e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?...Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
color=#ff9900>Poema de Florbela Espanca
Regresso de Férias.
E confesso que tenho saudades dos meus tempos de "profissional da praia".
Era a primeira a chegar à praia, bem de manhãzinha (meus deuses, obrigavam-me a madrugar para ir para a praia!), e muitas vezes era a última a sair.
Assisti a vários pôr-do-sol. Não valia a pena sair mais cedo, porque acabávamos por ficar retidos no trânsito...E se o tempo estava bom, o ambiente melhor, porquê desperdiçar mais umas horitas num prazeiroso "dolce fare niente" a ver o mar sereno... a ouvir o marulhar caracteristico que nos leva a fechar os olhos e a viajar no sonho... a assistir o Sol cansado a querer repousar nas leves ondas, as gaivotas a pousarem na areia, contentes por finalmente terem a praia toda para elas.
Uma ou outra alma resistente como eu ía passeando ao longo da praia, outros chegavam só para usufruirem do namoro num belo cenário...
E cá estou eu, chegada aos 30 (chiuf) a começar a recordar os bons velhos tempos como qualquer cota que se preze. Oh Deuses...
Triste,
a vida é injusta,
ceifa,
sem olhar a quem,
não há justiça na escolha,
pois vem de olhos vendados,
leva-nos quem amamos,
quem nos faz falta,
será que não poderíamos trocar
uns por outros,
que não fazem falta,
páreas,
gente má,
que não faz falta,
por quem não nutro sentimento,
a vida é injusta,
faz-nos sofrer,
na cruel impotência.
desesperar por quem amamos,
faz sofrer sem justificação,
agarramo-nos ao que temos,
sem grande convicção,
sem qualquer certeza,
que o sofrimento acaba,
quando se vão,
tudo termina,
acaba a passagem,
por esta vida injusta,
para uma vida melhor,
a vida é injusta,
leva-nos quem amamos,
deixa-nos cada vez mais sós
Este poema foi escrito por Passodianisto, cujo blog está aki linkado, Versus. Obrigado pelas palavras amigo.
Descansaste Cristina. Descansaste de um sofrimento espiritualmente não era só teu. E que as estrelas que brilham no nosso céu
neste momento
Brilhem só para ti. Que te iluminem o caminho da felicidade, sem dor, onde poderás viver como mereces, sem estares à mercê das doenças dos Homens. Sobe ao céu, amiga, e brilha com toda a luz que tens, com toda a luz que conhecemos. Não resististe à dor desta doença que ataca sem remorsos nem piedade os mais puros, mas descansas agora por ti e por todos nós. Caminha nesse tapete de estrelas e arranja um lugarzinho para ti. Eu descobrirei qual delas és tu
e com certeza serás a que brilhará com mais intensidade. Descansa amiga.
Sensual
Ainda sinto o teu corpo ao meu corpo colado;
nos lábios, a volúpia ardente do teu beijo;
no quarto a solidão, desnuda, ainda te vejo,
a olhar-me com olhar nervoso e apaixonado...
Partiste!... Mas no peito ainda sinto a ânsia e o latejo
daquele último abraço inquieto e demorado...
- Na quentura do espaço a transpirar pecado,
Ainda baila a figura estranha do desejo...
Não posso mais viver sem ter-te nos meus braços!
- Quando longe tu estás, minha alma se alvoroça
julgando ouvir no quarto o ruído dos teus passos...
Na lembrança revejo os momentos felizes,
e chego a acreditar que a minha carne moça
na tua carne moça até criou raízes!...
( J. G. de Araujo Jorge - coletânea -
in "Poemas do Amor Ardente" 1961 )